Transportes públicos - a oportunidade
Não existem verdadeiros transportes públicos até à Vila de Caldas das Taipas. Existem carreiras de empresas privadas cujo passe e preço dos troços das viagens é caríssimo. Portanto, não existe uma política pública e social de transportes no concelho de Guimarães.
Tem sido um fartote de informação, nos noticiários, na imprensa em geral, sobre a redução do preço dos passes dos transportes públicos, principalmente na grande Lisboa, e no grande Porto.
O resto do país, com os municípios a reboque, está expectante a ver o que lhe ressalta, melhor dizendo, o que lhe sobra.
Uma rede de transportes públicos acessível, entendendo-se isso como mais barato para um agregado de um mínimo de três pessoas que a utilização do transporte particular, é absolutamente imprescindível para o alívio do trânsito nas estradas nacionais e municipais; para aumento do rendimento disponível, para uma redução da poluição e para um menor consumo de combustíveis fósseis, como se sabe responsáveis pela poluição e efeito de estufa intimamente relacionado com as alterações climáticas, que já se sentem na pele e na paisagem.
Pelas múltiplas razões apontadas, é necessário que a rede de transportes públicos, a nível nacional, seja uma realidade acessível e comprometida com os cidadãos.
E se esse assunto está agora na ordem do dia em Portugal; no concelho de Guimarães a sua actualidade já é quase senil.
Não existem verdadeiros transportes públicos até à Vila de Caldas das Taipas. Existem carreiras de empresas privadas cujo passe e preço dos troços das viagens é caríssimo. Portanto, não existe uma política pública e social de transportes no concelho de Guimarães.
Esta realidade, inegável, confirma-se pelo caos na utilização de transporte particular como regra, o que leva a uma reivindicação necessária de um melhor acesso à sede de concelho.
Este subdesenvolvimento do concelho de Guimarães em matéria de transportes de que as Taipas é a principal vítima, é mais uma fragilidade da governação socialista que não governa o concelho há 30 anos.
E tudo isto entronca na ideia de que um concelho verde e sustentável só é possível e viável com uma rede de transportes públicos que seja uma alternativa real ao uso do transporte particular.
O que se tem feito a esse nível nos últimos trinta anos em Guimarães? NADA.
A frequência das carreiras têm diminuído e têm encarecido. Logo, estamos pior que há trinta anos, quando os estudantes do secundário iam estudar para Guimarães.
O concelho de Guimarães, e dentro do concelho, a Vila de Caldas das Taipas, por se nivelar no 3.º mundo dos transportes públicos, precisa de beneficiar deste movimento nacional e da comparticipação estatal para esse efeito.
Caso não acompanhe este movimento e que o concelho não beneficie de idênticas condições de Lisboa e Porto e que se quer a todo o país, Guimarães sai derrotada de um serviço público essencial.
O Presidente da Câmara se conseguir dotar o concelho de uma rede de transportes públicos capaz, acessível e eficiente, escusa de repetir a palavra sustentável que já gastou, porque os objectivos só se alcançam com realizações idóneas.
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