Somos responsáveis pela nossa saúde.... E pela nossa doença?
As doenças cardiovasculares (trombose / hemorragia cerebral, enfarte do miocárdio, entre outras) são a primeira causa de morte em Portugal e estão profundamente relacionadas com os nossos estilo de vida.
Como podemos atuar, diminuir o número de mortes e as consequências destas doenças?
Os resultados de vários estudos científicos mostram que o controlo dos fatores de risco está associado a uma redução de mais de metade das mortes provocadas pelas doenças cardiovasculares.
Os fatores de risco cardiovascular podem ser divididos em 2 grupos: modificáveis e não modificáveis. O sexo (homens e mulheres depois da menopausa), a idade e a presença de história familiar de doenças cardiovasculares são fatores de risco que não podemos modificar. No entanto há outros que poderão ser alterados e controlados como a Hipertensão Arterial, a Diabetes Mellitus, a Dislipidemia (valores altos do colesterol), o excesso de peso e a Obesidade, o sedentarismo e a falta de exercício físico.
O que fazer? Qual o estilo de vida ideal?
A nossa saúde depende, na sua grande maioria (47-50%), do nosso estilo de vida, que nos influencia desde a gravidez até ao fim da nossa vida. Assistimos a grandes campanhas para controlar alguns destes fatores de risco nos meios de comunicação social (televisão, jornais, revistas e na rádio) e à publicação de leis para controlar a quantidade de sal nos alimentos (Lei nº75/2009) e a exposição ao fumo do tabaco (Lei nº 37/2007), mas no final, com toda a informação que temos, a opção é de cada um de nós em áreas tão distintas como a nossa alimentação, a quantidade de exercício físico que fazemos e o consumo de substâncias (tabaco, álcool ou drogas ilícitas). Logo, ter um estilo de vida saudável implica uma escolha que nos pode conduzir a uma mudança. O inicio e o sucesso dessa mudança vai depender da vontade que temos de melhorar, se acreditamos que vamos conseguir mudar, do valor que damos à nossa saúde, do significado que tem os nossos hábitos (fumar, ver televisão, não fazer exercício), das dificuldades que enfrentamos, das nossas crenças, das nossas fragilidades, do medo que sentimos e do que esperamos conseguir no futuro com essa mudança.
Ter um estilo de vida saudável será uma escolha ou uma oportunidade?
Ana Menezes - Médica Interna de Medicina Geral e Familiar
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