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Nova concessão de transportes públicos

Para as Taipas, a nova concessão, e numa primeira vista, parece que existem poucas linhas; com horários muito restritos que não se prolongam pela noite.

05 janeiro 2022 > 00:00

A nova concessão dos transportes públicos, muito anunciada, gerou e deverá gerar, junto da população, elevada expectativa muito devido à propaganda que a Câmara não deixa de fazer.

Estamos todos de acordo que necessitamos de uma rede de transportes públicos que responda aos novos anseios e modelos de mobilidade.

Esse novo modelo consiste no desinvestimento no transporte individual – automóvel próprio – e na opção, a mais generalizada, do transporte coletivo de passageiros.

Consiste na implementação de um modelo ecológico, por isso sustentável do ponto de vista ambiental, de modo a conseguir uma adesão plena dos cidadãos e à renúncia ao veículo individual.

Consiste na percepção de que o transporte colectivo é a alternativa principal ao transporte individual pelo que não pode faltar ou atrasar-se.

Consiste num transporte acessível para poder ser frequentado muitas vezes e talvez esta frequência de utilização seja a condição necessária para o tornar acessível em termos de preço.

E para isso terá de ter muitas linhas separadas por curto períodos, não superiores a 30 minutos.

Depois não poderá ser mais caro que o combustível gasto com a utilização do automóvel individual para os mesmos Kms.

Não poderá ultrapassar os preços praticados em Lisboa e Porto e se possível conseguir-se uma transição para o gratuito como o faz a câmara de Cascais.

Os transportes coletivos deverão ser elétricos ou a combustível não poluente.

Além de uma descarbonização do ambiente, se se concretizar tal objectivo, teremos menos trânsito nas estradas, menos acidentes, mais facilidades em estacionar.

Para as Taipas, a nova concessão, e numa primeira vista, parece que existem poucas linhas; com horários muito restritos que não se prolongam pela noite e que serão aos preços das anteriores. Se isso acontecer, vai continuar a carência de transportes públicos e a opção de transporte vai recair, como até ao presente, no transporte individual.

É continuar o que já não deveria servir.

 

ndr: artigo publicado originalmente na edição de janeiro de 2022 do jornal Reflexo

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