Hóquei: fim da equipa sub-15 obriga CART a “recomeçar” formação
Face ao interesse de clubes maiores na região, o CART a perder um dos jogadores e viu o plantel reduzido a seis unidades, sem o mínimo regulamentar para competir. Clube quer reatar hóquei com escolas.

O CART vai mesmo ter de clicar na opção “recomeçar” quanto ao hóquei em patins de formação. Depois de uma temporada com sete jogadores no campeonato distrital de sub-15, o emblema taipense perdeu um jogador e, assim, a garantia de se manter em competição.
“Tínhamos quatro jogadores de campo e dois guarda-redes. Ficámos sem suplentes. Se um jogador se lesionasse, não tínhamos quem o substituísse, pelo que terminava o jogo”, adianta ao Reflexo a presidente, Maria Lopes. Sem hipóteses de competirem de azul e vermelho, quatro desses atletas mudaram de clube – dois para o Riba d’Ave HC, um para o HC Braga e outro para o Óquei de Barcelos -, um, de 14 anos, começou a treinar com os seniores do CART e outro “abandonou a modalidade”, detalha.
Ausente de todas e quaisquer competições juvenis, resta ao clube azul e vermelho “começar do zero” e regressar às aulas de iniciação à patinagem. Já há base para o fazer, refere a dirigente. “Temos oito miúdos mais pequenos a praticar e pretendemos voltar às escolas com um projeto que já tivemos no passado, nas atividades extracurriculares dos agrupamentos de escolas das Taipas e de Briteiros”, esclarece. O clube espera apenas a luz verde da Câmara Municipal para implantar de novo o projeto a nível escolar.
A escassez de interessados no hóquei em patins não é exclusiva do CART, diz Maria Lopes; verifica-se noutros clubes da Associação de Patinagem do Minho como efeito da covid-19. Até à eclosão da pandemia, os taipenses dispunham de 24 jogadores na formação, entre os seis e os 12 anos, mas as crianças do sexo masculino revelaram-se menos aptas a voltar ao ativo após confinamentos, algo de que o hóquei se “ressentiu”.
“O voleibol e a patinagem cresceram. No sexo feminino, as crianças voltaram ao ativo. No sexo masculino, ficaram sentados e jogar em casa e a conviver com os amigos pelas redes sociais”, dá conta a responsável. A falta de jogadores levou clubes “mais nome” a persuadirem jogadores de emblemas com menos recursos, pelo que houve outras equipas extintas nas provas de formação da AP Minho, atesta.
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