Grupo Folclórico da Vila de Ponte, pela defesa da cultura popular
Quando Sérgio Castro Rocha foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Ponte, em setembro de 2013, uma das suas iniciativas foi promover a reativação do rancho folclórico. Em pouco menos de um mês, sob a direção de Joaquim Rocha, pai do presidente da Junta, mais precisamente a 13 de outubro desse mesmo ano, formou-se o Grupo Folclórico da Vila de Ponte (GFVP).

O Rancho Folclórico de Ponte foi formado nos anos 70 maioritariamente por trabalhadores da lavoura e da indústria têxtil. Por força do desemprego e consequente aumento da emigração, o rancho deixou de estar ativo, não existindo também uma data precisa.
Apesar de ter mudado o nome do rancho e mesmo o seu porta-estandarte, Joaquim Rocha, no sentido de homenagear todos os que passaram pelo anterior rancho, deu continuidade às edições do festival folclórico organizado na vila pelo seu antecessor. Assim, o próximo festival, a decorrer a 24 de junho, dia de S. João, padroeiro da vila, será a 19ª edição e terá como convidados, o Rancho das Ceifeiras da Gafanha de Encarnação (Ílhavo), da Póvoa de Lanhoso e da Casa do Povo de Arões.
Composto por cerca de 42 elementos, apresenta um conjunto de trajes desde o das lavadeiras, do Campo, o do rico, o do pobre e o do fidalgo e ainda o domingueiro. Em cima do palco, o GFVP tem quatro quadras (oito homens e oito mulheres), que “assentam perfeitamente, para as pessoas poderem admirar a dança e os próprios trajes de uma forma como deve ser”, diz Joaquim Rocha.
Os instrumentos são os característicos deste tipo de música, desde as concertinas, o violão, o cavaquinho, as castanholas, o tambor, os ferrinhos, o reco-reco e os matrecos. O diretor e também músico do rancho de Ponte gostaria de acrescentar o “pífaro” tradicional, “de cana, que se aprendia na escola primária”.
Lançou um CD em 2015 composto por doze modas que representam a vila de Ponte e a terra onde está inserida: “Desde o início que sempre defendi que o rancho deveria dançar e cantar o tradicional da nossa terra, do Baixo Minho. Xulas, Vareiras e Malhões como faziam os nossos antepassados”.
O Grupo Folclórico da Vila de Ponte é outro dos ranchos do concelho que decidiu não estar filiado na Federação Portuguesa de Folclore. A maioria dos seus elementos decidiu assim e Joaquim Rocha compreende que os elementos do rancho não queiram estar obrigados a determinadas normas da federação. No entanto, é crítico pelo posicionamento de alguns ranchos sobre este assunto, mais precisamente sobre o “excesso de vaidade e de superioridade de alguns ranchos federados em relação aos não federados”, chegando a acontecer, como refere, alguns desses ranchos “recusarem participar em festivais folclóricos organizados por grupos não federados”.
Leia o artigo completo no jornal Reflexo de maio de 2018.
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