Faz falta
Porque cabe ao eleitor decidir, não sei se estarei presente na próxima assembleia. Ganhe quem ganhar, que não ganhe por maioria absoluta.
É vulgar ouvir pessoas atentas ao desenrolar da vida da Vila, em especial às que acompanham o funcionamento dos seus órgãos autárquicos, Junta e Assembleia de Freguesia, que a CDU faz falta.
Numa perspectiva histórica, nos últimos 20 anos, a freguesia de Caldelas foi governada ora pelo PS ora pelo PSD, ora com maioria absoluta, ora com maioria relativa. Não sendo este um problema grave, é um problema determinante.
No último mandato de presidência do PS assistimos a uma política de seguidismo da Junta de Freguesia em relação à Câmara de Guimarães, com a freguesia a perder uma das suas melhores competência – a de reivindicar. De facto, a subordinação partidária conduziu necessariamente à perda de autonomia.
Nos últimos oito anos, ao PS sucedeu a governação do PSD, pontificada por uma maioria absoluta ganha nas eleições de 2009. Foram anos em que a freguesia, em consequência de um presidente de junta aventureiro sem sentido das proporções nem conhecimentos do papel de uma junta e do papel de uma câmara, conduziu a freguesia para o afrontamento com a câmara, uma prática condenada ao fracasso e que isolou a vila. A reacção da câmara foi pior que a da junta e ambas são responsáveis pelo estiolamento da nossa terra.
Mas foi no mandato de 2009 a 2013, com o PSD em maioria absoluta, que a freguesia fez o mau negócio da Pensão Vilas, comprando com pouco dinheiro e sem dinheiro nem crédito para transformar o imóvel no que prometeu ao povo – Lar para Idosos.
A incompetência da Junta remeteu a solução para um terceiro criado exactamente para o efeito, um terceiro sem passado, sem capitais próprios bastantes, sem conhecimentos para gerir um equipamento daquela natureza. Foi um acto aventureiro que tende a agravar-se se o PSD obtiver nestas eleições a maioria absoluta que lhe permita entregar o resto do património à sua criatura.
Porque cabe ao eleitor decidir, não sei se estarei presente na próxima assembleia. Ganhe quem ganhar, que não ganhe por maioria absoluta.
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